<i>Montepio</i> quer salvar precariedade

O Montepio pretende continuar a abusar da subcontratação e dos vínculos precários de emprego, por isso decidiu punir dois representantes dos trabalhadores, que agiram contra essa linha e em defesa de bancários despedidos pelo banco mutualista. A acusação é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN), que levou a cabo, na quarta-feira da semana passada, uma concentração frente à sede do Montepio, na baixa de Lisboa, onde foram distribuídos folhetos sobre esta situação.
No dia 23 de Setembro, o Sintaf já tinha realizado uma primeira acção de protesto, frente às instalações do Montepio, em Alfragide. Agora, exige tomar conhecimento dos relatórios das inquirições, para efeitos de procedimento disciplinar, feitas naquele dia pelo Montepio a Alice Patrício, da Comissão de Trabalhadores, e Joaquim Poças, da CT e dirigente do Sintaf.
O sindicato afirma que se trata de «uma notória intromissão no funcionamento das estruturas de representação colectiva dos trabalhadores», que foi desencadeada pela administração do banco porque aqueles representantes eleitos defenderam dois funcionários que, durante quase uma década, desempenharam funções ininterruptas e foram despedidos ilegalmente. Estes «não só deram provas das capacidades de trabalho», afirma o Sintaf, como comprovaram igualmente «estarmos, de facto, perante postos de trabalho permanentes», pelo que devem ser readmitidos e integrados no quadro de efectivos, tal como todos os que se encontram em situação idêntica - reclama o sindicato, numa nota distribuída à imprensa.
A precariedade de emprego e a repressão contra quem luta contra ela, para o sindicato, enformam um comportamento duplamente «inadmissível»: primeiro, por se tratar de «uma empresa que deveria dar exemplos positivos, face aos valores que diz defender», e depois, por ocorrer num sector que «passa ao lado da crise, a medir pelos resultados apresentados no primeiro semestre do ano, e onde existem milhares de trabalhadores com vínculo precário, em regime de subcontratação».


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